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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

RECONSTRUÇÃO VAI GARANTIR MIL POSTOS DE TRABALHO


A reconstrução das infra-estruturas públicas destruídas no concelho do Funchal e da Ribeira Brava vai levar pelo menos dois a três anos. E o esforço maior terá de ser feito na regularização da ribeira entre a Serra d' Água e a Meia Légua onde tudo foi tudo destruído, entre estradas, casas e outras infra-estruturas.

Embora o Governo Regional só na sexta-feira tenha pronto o primeiro balanço dos prejuízos, o DIÁRIO sabe que cerca de 15% dos 500 Km da rede de estradas regionais terão de ser reparadas ou então reconstruídos, com destaque para a ligação entre a Ribeira Brava e o túnel da Encumeada.

As obras de reconstrução serão em alguns casos muito complexas e dispendiosas, pois na maioria dos casos vai exigir a regularização de ribeiras ou a consolidação de escarpas, já que o perigo de derrocada aumentou consideravelmente.

Dificuldades criam retracção

Por outro lado a promessa de construção de casas - tal como destacamos na página 3 - para os que perderam as suas moradias deixa antever, também, um investimento em grande escala na construção de habitação.

O colapso de estradas, pontes, ribeiras e de dezenas de casas deixou a Região e os madeirenses em dificuldades, podendo num primeiro momento provocar mais desemprego, a perda de rendimentos de um número muito grande de madeirenses e comerciantes, com reflexos nas transacções comerciais. Só que o esforço de reconstrução terá um efeito positivo na economia regional.

Segundo apuramos, a reconstrução das zonas afectadas garante trabalho às grandes empresas de construção civil por mais dois, três anos. E as grandes intervenções vieram salvar uma 'carteira de obras' que estava a esvaziar-se.

Assumindo a Região, bem como o Estado - com a ajuda da União Europeia - que a prioridade é a reconstrução de todas as infra-estruturas danificadas, o esforço público será de algumas centenas de milhões de euros por ano, podendo mesmo superar os mil milhões de euros se for considerada uma intervenção de fundo na regularização das ribeiras.

Novos empregos, mais riqueza

Numa altura em que a economia regional agudizava, gerando desemprego, a reconstrução vai garantir cerca de mil novos postos de trabalho, contribuindo deste modo para que a economia se mantenha 'quente'.

Ou seja, a injecção de dinheiro fresco vai manter as empresas em actividade, estas por sua vez vão assegurar o emprego, sendo previsível um aumento do Produto Interno Bruto, fenómeno já estudado em outras regiões onde ocorreram acidentes naturais desta envergadura.

Limpezas das ribeiras custam 300 mil por dia

As operações de limpeza nas ribeiras e estradas dos concelhos do Funchal, Ribeira Brava, Santa Cruz e Calheta, deverão custar cerca de 300 mil euros por dia. A estimativa é feita a partir dos valores de referência do custo de uma hora de trabalho de uma máquina pesada e de um camião, considerando igualmente uma média diária de 15 horas de trabalho.

Tal como revelou o Governo Regional, nas operações de limpeza e remoção de pedras e outros detritos estão envolvidas 270 máquinas e 148 camiões, bem como um milhar de homens.

Considerando que as limpezas das ribeiras, bem como das estradas é um trabalho que demorará pelo menos um mês, os encargos com as empresas de construção deverão totalizar 9 a 12 milhões de euros.

A 'factura' deverá ser, contudo, bem superior, pois logo que as limpezas estejam concluídas será necessário transportar mais de 200 mil metros cúbicos de detritos depositados nas praias do Funchal e Praia Formosa, pelo que é crível que a operação de limpeza das ribeiras do Funchal venha a custar 15 milhões de euros.

Este custo não integra os atrasos provocados em todas as obras em que as construtoras estavam envolvidas e que estão agora paradas face à mobilização feita de homens e máquinas para a operação de limpeza das ribeiras.

Parque de máquinas tem sido garante do sucesso

Poucas cidades do país teriam a capacidade de mobilizar em poucas horas o dispositivo que as quatro grandes empresas regionais foram capazes de o fazer.

Quem assista ao trabalho de homens e máquinas nas três ribeiras não fica indiferente à qualidade da frota regional e à capacidade de engenheiros e manobradores: meia centena de máquinas pesadas e camiões última geração desenvolvem um trabalho hercúleo com uma disciplina e método invulgares, que têm tornado a operação um êxito, pois tudo indica que até sexta-feira - dia em que se prevê mais chuva - as ribeiras estejam capazes de deixar a água correr para o mar.

Fonte: DN

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