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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O ARTESANATO REGIONAL DE DÉNIS GÓIS - PEED

Dénis Góis ficou desempregado em 2008, com o fecho do restaurante onde desempenhava as funções de Mandarete. Vendo que não conseguia encontrar emprego e que teria de encontrar alguma outra alternativa, este jovem com 20 anos usou o tempo que lhe sobrava para frequentar cursos de formação e aprender outras artes.

E foi neste tempo de desemprego que Dénis aprendeu com o pai e outros conhecidos, a arte de fazer figuras, essencialmente presépios e santos, utilizando matérias-primas de cariz regional, em que predominam a palha de bananeira, a cantaria, o calhau rolado, troncos e tecidos regionais.

A qualidade e genuinidade das peças artesanais em palha de bananeira, únicas no arquipélago, já tinham sido reconhecidas pelo Museu Etnográfico da Madeira com a atribuição de um prémio artístico em 1994. Hoje, o Museu conta com várias peças deste material na sua coleção permanente, por considerar que enriquecem e dignificam o património cultural da Região. Também o IVBAM valoriza esta arte singular e regional, promovendo a sua participação nas feiras que organiza e tendo em curso a atribuição da Carta de Artesão e da Carta de Unidade Produtiva Artesanal, ao Dénis e ao seu atelier.
Como desempregado, foi através dos contactos com o IEM que ficou a saber do Programa de Estímulo ao Empreendedorismo de Desempregados. Este programa foi o empurrão de que necessitava para avançar com esta atividade de forma profissional, que até agora era apenas um hobby.

Com o apoio do IEM, o Dénis está atualmente a finalizar a recuperação de um espaço que servirá de loja e de atelier, onde será possível aos clientes regionais e aos visitantes, ver o trabalho em curso, escolher de entre as diversas peças expostas e inclusivamente encomendar peças específicas.

Neste momento, o Dénis optou por se concentrar nas feiras e na sua loja/atelier, no Caniço. Embora tenha já projetado outras formas de chegar aos clientes, desde estabelecer parcerias com lojas e outros artesãos, até à divulgação das peças na internet pensando na exportação, o seu maior problema, de momento, é conseguir responder à procura que já tem, uma vez que não tem ainda as condições necessárias para produzir mais. A abertura do espaço é para Dénis a chave que irá permitir rentabilizar o seu projeto. 

Como avalia o seu projeto, ainda em fase de arranque?

Há semanas e semanas, mas tem sido compensador e tem-me dado muito gozo. Não é uma feira que nos enriquece, e quem opta por esta área não vive de luxos, mas dá para viver normalmente. Os materiais que usamos não têm custo, só gastamos em colas e similares, por isso tudo o que fazemos é rentável.
Para mim, é uma felicidade ver este projeto a avançar. Neste momento não o trocaria pelo emprego que tinha anteriormente, apesar do mercado artesanal não ser seguro e ser exigente em termos de trabalho e de preparação, e apesar de não ter a certeza de como vão correr as coisas em cada dia.

Que conselho deixa aos desempregados que estejam a ponderar criar o seu próprio emprego?

Primeiro há que saber que não é ao fim de umas poucas semanas que se está logo bem. Não podemos desistir às primeiras dificuldades, há que ver os diversos fatores que podem ajudar ou prejudicar. No meu caso, o tempo é muito importante para a participação nas feiras, e se há barcos no Funchal, por exemplo.
No artesanato, há muitas pessoas que fazem coisas mas têm receio de mostrar. Há muitas áreas por explorar, que certamente dão trabalho, mas que se podem fazer. O importante é trocar ideias, até mesmo enquanto estão no Centro de Emprego, com outros desempregados. Juntos podem fazer coisas bonitas, mesmo em outras áreas como a hotelaria e restauração. Não precisam de ser grandes, mas de tirar um ordenado para cada um. Eu não estou só, conto com o apoio de outros artesãos e tenho até alguns dos seus trabalhos para misturar com os meus, para criar diversidade e gerar capital para todos.
Para ver as peças de artesanato ou proceder a encomendas, contacte através do número de telefone: 918783377 ou dirija-se à loja sita no Caminho Velho dos Moinhos, nº 35, na antiga estrada da reta da Camacha, junto ao bar O Gaulês

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