
Dez dias após ter sido reeleito, Arlindo Gomes assinou um despacho que acaba com o transporte de funcionários da autarquia em carrinhas da Câmara de e para o serviço. No documento datado de 21 deste mês, o presidente da câmara, entre outros argumentos, alega que o serviço até agora prestado já estava desadequado às novas realidades. Considera mesmo que isso configurava uma situação de injustiça e descriminação, por apenas privilegiava um escasso número de funcionários.
O 'corte' nesta regalia causou natural descontentamento entre a generalidade dos poucos funcionários que usufruíam desta 'benesse' camarária. Os principais visados com a medida restritiva recusam, no entanto, 'dar a cara' por temerem consequências dessa exposição pública. Apenas e só em surdina admitem algum desagrado pela nova realidade que lhes foi criada e que os obriga agora a recorrer a meios de transporte próprio e/ou público. O facto de exerceram funções fora do edifício da Câmara (obras) é, segundo um dos afectados por esta medida que pediu para não ser identificado, a principal razão do descontentamento. Além de terem de viajar sem poderem previamente acautelar a sua higiene pessoal, não existem balneários para o poderem fazer após a jornada de trabalho.
"Injusto e discriminatório"
Datado de 21 de Outubro, o presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos fundamenta o fim desta regalia que já perdurava desde o tempo de Gregório Ornelas, alegando que o serviço em causa era "deficitário e inadequado por considerar apenas um percurso e beneficiar apenas um número residual de funcionários".
No despacho em causa, o autarca considera "que os horários laborais dos diferentes serviços obrigam a uma maior flexibilidade em termos de prestação de serviço por turnos, em dias feriados e fins-de-semana, o que torna injusto e discriminatório a concessão de transporte só para alguns funcionários e que por força do horário e dos seus turnos são aqueles que maiores facilidades têm em termos de transportes públicos".
Acrescenta ainda que "hoje não se justifica a manutenção do transporte municipal atendendo à existência de carreiras de transportes públicos com regularidade cobrindo a generalidade do concelho, o que não acontecia aquando da adopção daquele transporte", relembra.
Contactado pelo DIÁRIO, Arlindo Gomes reiterou que o serviço em causa "já não era funcional". E acrescentou: "Hoje as exigências de transportes em termos de escolas obrigam-nos a ter meios disponíveis e isso comprometia os recursos que nós tínhamos".
Presidente admite falhas
Arlindo Gomes admite, contudo, que quando o seu antecessor criou este tipo de transporte "teve a sua razão de ser, mas hoje não tem sentido porque serve apenas 'meia dúzia' de pessoas. Eram apenas 15 ou 16 trabalhadores dos cerca de 250 que temos que usavam este transporte".
Confrontado com o 'mal-estar' que a decisão causou no seio daqueles que julgavam ser este um direito já adquirido, o autarca remata: "seria um direito adquirido se todos os trabalhadores da câmara tivessem esse direito".
Quanto aos reparos sobre a falta de condições, nomeadamente de balneários, para os trabalhadores que exercem funções em sectores que requerem cuidados de higiene pessoal após o trabalho, Arlindo Gomes foi peremptório: "As condições que esta câmara tem é igual às outras". Ainda assim disse ter a "consciência que precisam ser melhoradas", até porque, reconheceu, "não são as condições ideais". Nesse propósito recordou a "intenção de fazer um parque operacional que irá ter instalações adequadas para todos os seus trabalhadores", mas para já apela ao "bom senso".
De resto garante que esta era "uma decisão que já vinha sendo avaliada há algum tempo" e rejeitou que o 'timing' de mesma tenha evitado o propositadamente período eleitoral.
O 'corte' nesta regalia causou natural descontentamento entre a generalidade dos poucos funcionários que usufruíam desta 'benesse' camarária. Os principais visados com a medida restritiva recusam, no entanto, 'dar a cara' por temerem consequências dessa exposição pública. Apenas e só em surdina admitem algum desagrado pela nova realidade que lhes foi criada e que os obriga agora a recorrer a meios de transporte próprio e/ou público. O facto de exerceram funções fora do edifício da Câmara (obras) é, segundo um dos afectados por esta medida que pediu para não ser identificado, a principal razão do descontentamento. Além de terem de viajar sem poderem previamente acautelar a sua higiene pessoal, não existem balneários para o poderem fazer após a jornada de trabalho.
"Injusto e discriminatório"
Datado de 21 de Outubro, o presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos fundamenta o fim desta regalia que já perdurava desde o tempo de Gregório Ornelas, alegando que o serviço em causa era "deficitário e inadequado por considerar apenas um percurso e beneficiar apenas um número residual de funcionários".
No despacho em causa, o autarca considera "que os horários laborais dos diferentes serviços obrigam a uma maior flexibilidade em termos de prestação de serviço por turnos, em dias feriados e fins-de-semana, o que torna injusto e discriminatório a concessão de transporte só para alguns funcionários e que por força do horário e dos seus turnos são aqueles que maiores facilidades têm em termos de transportes públicos".
Acrescenta ainda que "hoje não se justifica a manutenção do transporte municipal atendendo à existência de carreiras de transportes públicos com regularidade cobrindo a generalidade do concelho, o que não acontecia aquando da adopção daquele transporte", relembra.
Contactado pelo DIÁRIO, Arlindo Gomes reiterou que o serviço em causa "já não era funcional". E acrescentou: "Hoje as exigências de transportes em termos de escolas obrigam-nos a ter meios disponíveis e isso comprometia os recursos que nós tínhamos".
Presidente admite falhas
Arlindo Gomes admite, contudo, que quando o seu antecessor criou este tipo de transporte "teve a sua razão de ser, mas hoje não tem sentido porque serve apenas 'meia dúzia' de pessoas. Eram apenas 15 ou 16 trabalhadores dos cerca de 250 que temos que usavam este transporte".
Confrontado com o 'mal-estar' que a decisão causou no seio daqueles que julgavam ser este um direito já adquirido, o autarca remata: "seria um direito adquirido se todos os trabalhadores da câmara tivessem esse direito".
Quanto aos reparos sobre a falta de condições, nomeadamente de balneários, para os trabalhadores que exercem funções em sectores que requerem cuidados de higiene pessoal após o trabalho, Arlindo Gomes foi peremptório: "As condições que esta câmara tem é igual às outras". Ainda assim disse ter a "consciência que precisam ser melhoradas", até porque, reconheceu, "não são as condições ideais". Nesse propósito recordou a "intenção de fazer um parque operacional que irá ter instalações adequadas para todos os seus trabalhadores", mas para já apela ao "bom senso".
De resto garante que esta era "uma decisão que já vinha sendo avaliada há algum tempo" e rejeitou que o 'timing' de mesma tenha evitado o propositadamente período eleitoral.
Fonte: DN
















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