A subida descontrolada da inflação e o fortalecimento do euro foram outras previsões feitas pela APEFI. A Associação para o Posicionamento Estratégico e Financeiro prevê ainda que se assista, no próximo ano, a um total colapso imobiliário em Espanha com consequências sociais graves, afectando bastante a economia portuguesa, assim como a falência ou total incapacidade por parte de um ou mais grandes bancos americanos e mesmo mundiais. A APEFI acredita que se assista a uma descida abrupta dos mercados bolsistas afectados pela contracção do crédito, pelo crescimento quase nulo e pela elevada inflação, as falências em massa nas empresas ligadas à actividade financeira e serviços, assim como à intervenção estatal nos mercados financeiros de modo a evitar ou adiar o colapso sistémico da economia, sobretudo nos EUA. Todavia, segundo um relatório da consultora Mercer, que engloba 62 países, os salários em Portugal vão aumentar 3,5 por cento, valor acima da inflação prevista de 2,3%. O crescimento dos salários 1,2 pontos percentuais acima da inflação representa «um acréscimo nos salários reais em Portugal, um pouco acima da média da Europa Ocidental», refere o Partner da Mercer, Paulo Machado em comunicado. Na restante Europa Ocidental, a média de aumentos salariais para o próximo ano deverá ser de 3,4%. Deste grupo de países, a Irlanda é o país mais beneficiado, com um crescimento nos ordenados de 4,7%, um aumento 2,6 p.p. acima da inflação. Já na Europa do Leste, o cenário altera-se com os crescimentos previstos muito acima do Ocidente, na ordem dos 6,9%. Contudo, como se espera um aumento acentuado da taxa de inflação, os aumentos deverão ser apenas 2,3 pontos acima desta. No total dos 62 países analisados, a Mercer conclui que o aumento do salário médio para 2008 deve atingir 6%. Entre os países que mais vão crescer está a Índia, que deverá ter uma subida de ordenados da ordem dos 14,1%, com quase 10 p.p. acima da inflação. «Algumas empresas multinacionais estão a registar poupanças de cerca de 75% nos custos laborais, através do recurso à mão-de-obra dos mercados emergentes. O outro lado da moeda é que, normalmente, necessitam de efectuar investimentos superiores em equipas de supervisão e na formação interna», acrescentou Paulo Machado.
Fonte: JM
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