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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

DOIS TERÇOS DOS POSTOS DE TRABALHO DISPONÍVEUS FICARAM POR PREENCHER

O salário médio das ofertas de emprego entregues ao Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) ronda os 520 euros por mês, um valor tão baixo que ajuda a perceber a razão pela qual só um terço dos lugares acaba preenchido. A cada mês que passou, no ano passado, uma média de cinco mil desempregados conseguiram voltar a trabalhar por intermédio do IEFP, mas, ainda assim, perto de dez mil postos de trabalho continuaram vazios. Ou seja, só um terço das 14 mil vagas foi preenchido, ainda menos do que em anos passados, quando perto de metade dos postos laborais acabava por ser ocupada, indicam os dados de Dezembro.
A colocação no mercado laboral de pessoas desempregadas (ou de trabalhadores que querem mudar de emprego) é uma das várias incumbências do IEFP. Os centros de emprego recebem pedidos de trabalhadores por parte de entidades empregadoras e procuram encontrar desempregados que os possam ocupar.

Acontece que a maior parte das ofertas que dão entrada diz respeito a postos de trabalho indiferenciados, requerendo poucas qualificações e oferecendo baixos salários que, em média, rondam os 520 euros, apurou o JN. Compreende-se, por isso, que sejam pouco atractivos, inclusive para pessoas que estejam desempregadas, mas que tenham um grau de qualificação ou experiência que "exclua" a sua colocação nesse emprego. É pelo menos essa a norma, nas novas regras de atribuição do subsídio de desemprego os postos de trabalho oferecidos têm de ser compatíveis com o nível salarial e de qualificações dos desempregados.
Só em Dezembro, as áreas profissionais que entregaram mais pedidos de trabalhadores ao IEFP foram a actividade imobiliária, o comércio, a construção e a restauração - sectores onde a maior parte da mão-de-obra não é qualificada.
Comparando com o verificado em 2006, nota-se que o IEFP foi menos bem sucedido, não porque tenha colocado menos pessoas, mas porque o número de ofertas aumentou, reflectindo assim maior dinamismo da economia. Em Dezembro de 2006, tinham sido colocados quase cinco mil trabalhadores, mas as ofertas pouco tinham passado das dez mil.

Número de inscritos baixa

2007 terminou com 390 280 inscritos nos centros de emprego, menos do que em Dezembro de 2006. O Norte continua a ser, de longe, a região com maior número de registos, mas ainda assim menos em comparação com o final do ano anterior. A quantidade de inscritos baixou, mesmo, em todo o Continente, tendo aumentado nas regiões autónomas.

Desemprego desce em todo o Continente

O número de desempregados inscritos registou uma quebra homóloga de 15,3% no Continente e 11,3% nas ilhas. Por regiões, a maior descida verificou-se em Lisboa (-17,5%), seguida do Norte (-15,8%) e do Alentejo (-14,2). A contrastar, apenas a Madeira, com uma ligeira subida de 0,3%.

Mulheres continuam a ser as mais afectadas

Por sexo, a tendência mantém-se as mulheres continuam a ser as mais fustigadas pelo fenómeno do desemprego. Os dados mostram que, em Dezembro do ano passado, face a igual mês de 2006, o desemprego desceu 10,6%, num total de 233 mil mulheres, o que contrasta com a descida de 18,1% registada nos homens (157,3 mil).

Desemprego de curta duração diminui mais

Todo o tipo de desemprego diminuiu, mas o de longa duração continua a ser mais difícil de resolver. Em Dezembro, o número de pessoas no desemprego há menos de um ano baixou 15%, mas a quantidade de inscritos há mais de doze meses "apenas" baixou 12%.
Fonte: Jornal de Notícias

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