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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

PSICOLOGIA É O QUE GERA MAIS DESEMPREGO

O curso de Psicologia está no topo da tabela das licenciaturas com maior número de desempregados, segundo um relatório do Ministério do Ensino Superior que coloca igualmente no cimo da lista cursos de algumas das faculdades mais prestigiadas. Outro dado curioso é que esta tabela não tem em conta a relação entre o número de inscritos nos centros de emprego e o total de diplomados que saíram dos cursos nos últimos anos.

De acordo com o estudo «A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior», divulgado a semana passada, os cursos de Psicologia ocupam sete lugares entre as 15 licenciaturas com mais diplomados inscritos nos centros de emprego, nomeadamente com duas das três primeiras posições. Com 204 licenciados inscritos em Dezembro do ano passado, o curso de Psicologia Aplicada do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa, é o que apresenta mais diplomados no desemprego, seguido do curso de Serviço Social no Instituto Superior Miguel Torga, com 203. Na terceira posição surge o curso de Psicologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, também privada, com 169 inscritos. Na lista dos cursos com maior número de diplomados no desemprego surgem ainda licenciaturas como Direito na Universidade de Coimbra (125) e na Universidade de Lisboa (113) ou Economia na Universidade do Porto (124). No entanto, esta tabela não tem em conta a relação entre o número de inscritos. Por exemplo, os 204 desempregados de Psicologia do ISPA representam apenas seis por cento do total de diplomados naquele curso e instituição entre 1996 e 2006 (2974). Da mesma forma, os desempregados do curso de Direito da Universidade de Lisboa representam só 2,4 por cento do total de licenciados produzidos por aquela instituição no mesmo período, enquanto no caso do curso de Economia da Universidade do Porto este valor não vai além dos 5,3 por cento. Já se tivermos em conta o número de inscritos nos centros de emprego e o total de diplomados nos últimos três anos, verifica-se que mais de uma dezena de cursos têm taxas de desemprego superiores a 50 por cento. O exemplo mais marcante é o do curso de Enfermagem do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave, que licenciou 66 alunos entre 2003 e 2006, estando 49 actualmente desempregados, o que representa 74 por cento. No total, a área das Ciências Sociais e do Comportamento, que abrange cursos como Psicologia, Antropologia, Economia ou Relações Internacionais, por exemplo, representa 13 por cento dos licenciados inscritos nos centros de emprego. O peso desta área no desemprego entre as pessoas com habilitações superiores é, assim, bastante maior do que o peso relativo dos seus diplomados no total de licenciados em Portugal (oito por cento). A área de Serviços Sociais, que abrange cursos como Animação Sócio-Cultural e Serviço Social, por exemplo, é paradigmática a este nível: os licenciados são apenas 2,2 por cento do total de diplomados no país, mas representam 4,5 por cento dos inscritos nos centros de emprego. No entanto, o relatório do Ministério do Ensino Superior ressalva que, em cada área, o panorama diverge muito de curso para curso, com algumas licenciaturas e/ou instituições a contribuir significativamente mais para o desemprego do que outras.
39.627 inscritos no Instituto do Emprego

De acordo com dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, em Dezembro de 2007 estavam inscritas nos centros de emprego 39.627 pessoas com habilitações superiores, das quais 42 por cento formadas no ensino politécnico e as restantes no ensino universitário. Os licenciados nesta situação são, sobretudo, jovens com menos de 35 anos (75 por cento), mulheres (71 por cento) e concentrados na Região Norte (41 por cento). Dois em cada três estão à procura de um novo emprego, enquanto apenas 33 por cento estão à espera de encontrar o primeiro posto de trabalho. O relatório salienta ainda que o número de licenciados inscritos nos centros de emprego diminuiu 6,5 por cento relativamente a Dezembro de 2006, não tendo variado significativamente face a 2003, o que, de acordo com o documento, «revela a capacidade do mercado de trabalho para absorver novos diplomados».
Fonte: DN

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