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sábado, 8 de março de 2008

'SINO' AVANÇA COM FALÊNCIA

O “Sino”, um dos estabelecimentos comerciais de referência e históricos da Rua Dr. Fernão Ornelas e da própria cidade, poderá encerrar as portas já no próximo mês. O processo de insolvência da empresa deu entrada esta quinta-feira junto do Tribunal do Trabalho, aguardando-se agora a nomeadação de um administrador de falência. Isto mesmo foi transmitido ao director regional de Trabalho pelos responsáveis pela empresa “Adelino & Freitas, Lda”, durante uma reunião que juntou ainda à mesma mesa funcionários e membros do Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços da Região Autónoma da Madeira (SITAM). À saída do encontro, foram poucas ou mesmo nenhumas as palavras dos responsáveis pela empresa, limitando-se a referir que a crise torna inviável a continuidade da mesma. Já Ivo Silva, do SITAM, referiu compreender os argumentos apresentados, mas não deixou de lamentar a actuação tardia da administração para travar o processo de falência. «As empresas do comércio tradicional, lamentavelmente, não estão a ter o cuidado de modernizar e acompanhar a mudança que há na mentalidade do consumidor. Esta empresa tem mais de 30 anos, mas continua a ir buscar os seus produtos aos mesmos fornecedores que, por sua vez, continuam a fornecer o mesmo tipo de mercadoria. É claro que a clientela de há 30 anos não é a mesma. Esta empresa não teve o cuidado de se reestruturar atempadamente, conduzindo a uma situação desta natureza», disse.
Empresa do continente pode salvar “Sino”
Com esta situação, ficam à porta do desemprego 12 trabalhadores, mas Ivo Silva destaca que esta situação ainda poderá ter solução. «Há uma hipótese muito remota, e que foi colocada no decurso da reunião, de haver entre os fornecedores — e sabemos que há pelo menos um — alguém interessado em continuar a empresa». Segundo conseguimos apurar, trata-se de uma empresa continental que pode juntar ainda outros possíveis interessados. «Acreditamos que se se reestruturar a empresa e se adquirir outros produtos em substituição daqueles que não têm procura, e limitando o número de trabalhadores, é possível que a empresa possa continuar. Até porque é estabelecimento de referência no nosso mercado, com uma clientela fidelizada mas que se vai perdendo porque a mesma não tem produtos para corresponder à procura», continuou. Ivo Silva confirmou também que a empresa tem vindo a acumular dívidas. Para além de dois meses de salário em atraso, um trabalhador tem dois subsídios em atraso e os restantes o de Natal por receber. A empresa apresentou valores relativamente às dívidas que, segundo apurámos, podem já ascender a mais de meio milhão de euros. Porém, há valores que o sindicato desconhece para poder dizer se, de facto, a empresa está falida. «Há números que pedimos e que não foram disponibilizados, nomeadamente, os valores do passivo e do activo. Do valor do activo não se conhece e aqui era extremamente importante porque gostaríamos de saber que valor foi atribuído ao trespasse», explicou.
Fomte: JM

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