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sexta-feira, 6 de junho de 2008

MINISTRO RECUSA ALTERAR CÓDIGO DE TRABALHO


O ministro do Trabalho afirma "não fechar os olhos à realidade", mas garante que a proposta do governo para o novo Código do Trabalho não será alterada independentemente do número de pessoas que se manifestarem na rua.

"[A proposta] não será alterada independentemente do número de pessoas [que saiam à rua]. Não tenho por hábito fechar os olhos à realidade. Agora, sei que a minha responsabilidade é apresentar propostas e fazer com que elas se concretizem e isso não deixarei de fazer", disse ontem Vieira da Silva, a propósito da manifestação convocada pela CGTP que percorreu a Avenida da Liberdade, em Lisboa (ver destaque).

O ministro falava aos jornalistas à margem de uma conferência internacional sobre 'Condições de Trabalho e Qualidade de Emprego', que decorre até hoje na Universidade Autónoma de Lisboa.

Sobre a manifestação o ministro disse ainda que "não é a primeira vez que existe este tipo de manifestação e não será decerto a última" e acrescentou que o governo ouve sempre todas as posições, "principalmente aquelas que se traduzem em propostas".

"Outros poderão ter outras propostas diferentes das do governo, sinceramente tenho visto poucas. E não acredito naquelas propostas que prometem tudo sem nenhum esforço", declarou Vieira da Silva.

Questionado sobre o que gostaria de dizer aos trabalhadores, o ministro do Trabalho pediu que analisem as propostas "com rigor", assim como "a necessidade de mudanças que existe na sociedade portuguesa e que cada um formule a sua opinião de forma livre e independente".

Vieira da Silva assegurou que o governo está empenhado em alcançar um acordo e acredita que a proposta do executivo defende os interesses dos trabalhadores portugueses e, num recado aos sindicatos, acrescentou "só faz acordos quem quer".

200 mil em Lisboa

A manifestação da CGTP contra a proposta de revisão do Código do Trabalho juntou ontem em Lisboa cerca de 200 mil pessoas, segundo dados da polícia no local.

A central sindical, por seu turno, reclama a presença de mais de 200 mil pessoas na zona da Praça do Marquês do Pombal, da Avenida da Liberdade e da Praça dos Restauradores, em Lisboa, para protestar contra a proposta governamental de revisão do Código laboral.

A Avenida da Liberdade estava repleta de manifestantes e o fim do cortejo estava ainda na Praça do Marquês de Pombal, enquanto o líder da CGTP, Carvalho da Silva fazia uma intervenção político-sindical na Praça dos Restauradores, confirmou a agência Lusa no local.

A confirmarem-se os números, esta manifestação deverá, pelo menos, igualar a de 18 de Outubro, quando 200 mil pessoas se manifestaram em Lisboa contra o aumento do desemprego, da precariedade laboral, da pobreza e das desigualdades sociais.
Fonte: DN

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