40 MIL PROFESSORES NO DESEMPREGO

A poucos dias de iniciar as aulas nas escolas do continente, os sindicatos dos professores anunciam que quase 40 mil docentes não conseguiram ficar nas listas de colocados. Com as listas das contratações para as vagas de necessidades residuais das escolas já publicadas, o que resta aos 40 mil docentes desempregados é inscreverem-se nos centros de emprego. O que acontece é que a grande maioria dos professores não reúne os requisitos para receber o subsídio de desemprego. A notícia foi avançada ontem pelo Diário de Notícias de Lisboa que dá conta que 20 mil professores não reúnem as condições para pedir subsídio de desemprego por não terem trabalhado de forma contínua nos últimos anos ou por terem estado a recibos verdes.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) adianta que de um total de 47.608 candidatos a contratos, 39.613 ficaram sem colocação. Para atenuar a situação, a Fenprof defende a redução do número de alunos por docente.
Este ano, 7.856 candidatos encontraram uma vaga no concurso para preenchimento das necessidades residuais nas escolas. Destes, cerca de 4.300 obtiveram o primeiro vínculo, enquanto 3.556 renovaram-nos. Entretanto, falta ainda colocar mais de mil quadros.
Relativamente ao elevado número de docentes desempregados, a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse ontem que as contratações feitas pelo Ministério respeitam as indicações dadas pelas escolas sobre as necessidades de mão-de-obra docente.

Fonte: JM