
O concurso público para a construção da Escola Secundária e Técnico Profissional de Câmara de Lobos foi publicado, esta terça-feira, no Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira (JORAM). O novo empreendimento, que está integrado no programa de Governo, deverá começar a ser construído ainda este ano.
De acordo com o director regional de Educação, este empreendimento vai de encontro a uma preocupação, por parte do Governo Regional, relativa à qualificação dos alunos através do ensino profissional e tecnológico e àqueles que no ensino regular têm tido algumas dificuldades, criando-nos a necessidade de encontrar respostas alternativas».
Para Rui Anacleto, «esses caminhos alternativos têm de passar pelas escolas profissionais, com cursos profissionais, cursos tecnológicos e, em especial, com uma solução que nos tem dado uma boa resposta, que são os cursos de educação e formação, mais práticos, resumindo o teórico do curso ao essencial e destinados a jovens com mais de 15 anos, com algumas repetências no ensino regular e que, através destes cursos de dupla certificação, escolar e profissional, têm tido índices de sucesso superiores a 90%».
Região dispõe de 130 cursos de educação e formação
Hoje, conforme referiu, «temos nas escolas da Região cerca de 130 cursos de educação e formação em várias áreas que identificamos como áreas que perspectivam maiores índices de empregabilidade, na medida em que um jovem que acaba um curso desta natureza terá mais probabilidades de aceder ao mundo do trabalho como, por exemplo, no sector da hotelaria».
Tal como afirmou o director regional de Educação, «estes
cursos de educação e formação têm uma outra variável, ou seja, não fecham portas. Quem conclui um curso de nível II, que é o equivalente ao 9.º ano, pode passar para o nível III com equivalência ao 12.º ano, podendo continuar o seu percurso escolar até ao ensino superior».
O facto de ter sido escolhido Câmara de Lobos para esta nova escola, segundo Rui Anacleto, prende-se, porventura, por se tratar de um concelho «onde se verifica a existência de jovens que, a não
ser por esta via alternativa ao ensino regular, revelam dificuldades em cumprir a escolaridade obrigatória. É mediante este tipo de oferta que pretendemos
que todos os alunos concluam a escolaridade obrigatória e, tanto quanto possível, concluam, ainda, o ensino secundário numa fase seguinte.
Responder às necessidades de Câmara de Lobos
Segundo o director regional de Planeamento e Recursos Educativos, o Executivo madeirense pretende, com esta escola, «responder a algumas necessidades da freguesia de Câmara de Lobos». Tal como afirmou Nuno Araújo, «Câmara de Lobos é o concelho da Região em que mais se justifica investimento no sector, com vista a responder, rapidamente, aos novos desafios levantados pela futura regra que obrigará todos os jovens a permanecer no sistema de educação e formação até aos 18 anos de idade».
Por outro lado, recordou ainda Nuno Araújo, «a distribuição populacional do concelho aponta para que esta escola responda a necessidades específicas — cursos profissionais — e a necessidades locais — parte do secundário, apenas da freguesia».
As restantes freguesias, de acordo com Nuno Araújo, «deverão ter resposta às respectivas necessidades, no ensino secundário, de uma forma diferenciada (na Escola Básica e Secundária do Estreito de Câmara de Lobos e no Funchal), nomeadamente, na Escola Básica e Secundária de Câmara de Lobos, com a retirada de parte significativa dos seus alunos do básico (para a Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclos do Jardim da Serra) e no Funchal (Quinta Grande e Curral das Freiras) por razões de facilidade de transportes».
Ainda a este propósito, o director regional de Planeamento e Recursos Educativos diz ainda
que a procura pelas Escolas do Funchal será uma realidade para outra franja de moradores do concelho, fazendo reduzir a necessidade local».
Autarquia valoriza este investimento para o concelho
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos congratula-se com o novo empreendimento que irá nascer naquele concelho. De acordo com Arlindo Gomes, trata-se de uma infra-estrutura que o Governo Regional vai construir que «é de fulcral importância para o desenvolvimento e sustentabilidade» daquela localidade.
Arlindo Gomes considera que é ainda mais importante se atendermos a que Câmara de Lobos é um concelho cuja população jovem é predominante. Neste momento, tal como afirmou, «cerca de 50% da população está em idade escolar, o que revela que há aqui uma faixa etária de jovens considerável».
Por outro lado, realça ainda o autarca, continua a haver uma percentagem de jovens que sentem algumas dificuldades em enveredar pelo ensino superior e, por isso mesmo, «há que preparar esses jovens para entrarem na vida activa e, se possível, com uma actividade, com uma profissão, e que, no fundo, possam potenciar as suas capacidades, pelo que esta escola técnico e profissional é aquela que vai mais de encontro desta necessidade».
Câmara de Lobos, de acordo com Arlindo Gomes, tem várias centenas de jovens que frequentam o ensino superior e secundário. Só este ano, tal como afirmou, foram registadas «mais de 250 candidaturas à bolsa para o ensino superior e largas centenas do ensino secundário».
Uma das leituras que Arlindo Gomes faz destes números é, precisamente, a de que «a política de juventude que a câmara tem vindo a tentar lançar no terreno, hoje, começa a dar os seus frutos, sobretudo quando se constata que uma grande parte destes jovens que chegam ao ensino secundário e o ensino superior, são jovens oriundos de famílias humildes. Penso que as pessoas, hoje, têm força de vontade e querem, realmente, dar um salto para o futuro».
Além disso, estes dados, tal como afirmou Arlindo Gomes, representam um indicador importante do quanto importante se continuar a investir na nossa juventude e na sua educação, na sua formação para que eles possam também dar o seu contributo para o desenvolvimento sustentado que se pretende para o futuro. Pois, ao contrário do que acontecia até há algum tempo, em que era difícil ver a juventude de Câmara de Lobos a frequentar o ensino superior, ou mesmo o ensino secundário, em que havia uma forte taxa de abandono escolar, actualmente, temos uma realidade diferente, porque temos um abandono escolar controlado que nada tem a ver com aquilo que se verificava anteriormente».
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos releva a importância deste empreendimento para um concelho que, tal como afirmou, tem cerca de 50% do total da sua população em idade escolar. Arlindo Gomes realça ainda os passos que têm sido dados em termos de políticas de juventude e os seus resultados práticos, com dados objectivos.
Escola receberá perto de 900 alunos
O director regional de Planeamento e Recursos Educativos diz que, feitas as contas, o novo estabelecimento de ensino irá ter capacidade para, aproximadamente, 900 alunos, entre estudantes que optem pelo ensino secundário e os que optarem pelos cursos de educação e formação de níveis I, II e III.
Nuno Araújo refere ainda que «a componente profissionalizante da escola deverá estar orientada prioritariamente para cursos profissionais de nível II, com formação equiparada ao 9.º ano, mesmo que se preveja serem seus frequentadores privilegiados, os jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos. Porque a resposta prioritária necessária no curto e médio prazo será acolher, em formação, alunos com aquelas idades que não completam o 3.º Ciclo, tendo apenas, no máximo, o 2.º ciclo concluído». Tal como afirmou, «os cursos a ministrar serão complementares aos oferecidos na Escola Secundária e Tecnológica de São Martinho e no Centro de Formação Profissional, pressupondo-se ser normal uma deslocação entre Câmara de Lobos - Funchal - Câmara de Lobos para jovens destas idades, assegurando que não há duplicações — nem concorrência numa zona tão próxima — de ofertas profissionalizantes. O trabalho de coordenação de oferta entre estes três centros de formação é determinante e fundamental para a maximização dos recursos e alargamento da oferta».
Fonte: JM
De acordo com o director regional de Educação, este empreendimento vai de encontro a uma preocupação, por parte do Governo Regional, relativa à qualificação dos alunos através do ensino profissional e tecnológico e àqueles que no ensino regular têm tido algumas dificuldades, criando-nos a necessidade de encontrar respostas alternativas».
Para Rui Anacleto, «esses caminhos alternativos têm de passar pelas escolas profissionais, com cursos profissionais, cursos tecnológicos e, em especial, com uma solução que nos tem dado uma boa resposta, que são os cursos de educação e formação, mais práticos, resumindo o teórico do curso ao essencial e destinados a jovens com mais de 15 anos, com algumas repetências no ensino regular e que, através destes cursos de dupla certificação, escolar e profissional, têm tido índices de sucesso superiores a 90%».
Região dispõe de 130 cursos de educação e formação
Hoje, conforme referiu, «temos nas escolas da Região cerca de 130 cursos de educação e formação em várias áreas que identificamos como áreas que perspectivam maiores índices de empregabilidade, na medida em que um jovem que acaba um curso desta natureza terá mais probabilidades de aceder ao mundo do trabalho como, por exemplo, no sector da hotelaria».
Tal como afirmou o director regional de Educação, «estes
cursos de educação e formação têm uma outra variável, ou seja, não fecham portas. Quem conclui um curso de nível II, que é o equivalente ao 9.º ano, pode passar para o nível III com equivalência ao 12.º ano, podendo continuar o seu percurso escolar até ao ensino superior».
O facto de ter sido escolhido Câmara de Lobos para esta nova escola, segundo Rui Anacleto, prende-se, porventura, por se tratar de um concelho «onde se verifica a existência de jovens que, a não
ser por esta via alternativa ao ensino regular, revelam dificuldades em cumprir a escolaridade obrigatória. É mediante este tipo de oferta que pretendemos
que todos os alunos concluam a escolaridade obrigatória e, tanto quanto possível, concluam, ainda, o ensino secundário numa fase seguinte.
Responder às necessidades de Câmara de Lobos
Segundo o director regional de Planeamento e Recursos Educativos, o Executivo madeirense pretende, com esta escola, «responder a algumas necessidades da freguesia de Câmara de Lobos». Tal como afirmou Nuno Araújo, «Câmara de Lobos é o concelho da Região em que mais se justifica investimento no sector, com vista a responder, rapidamente, aos novos desafios levantados pela futura regra que obrigará todos os jovens a permanecer no sistema de educação e formação até aos 18 anos de idade».
Por outro lado, recordou ainda Nuno Araújo, «a distribuição populacional do concelho aponta para que esta escola responda a necessidades específicas — cursos profissionais — e a necessidades locais — parte do secundário, apenas da freguesia».
As restantes freguesias, de acordo com Nuno Araújo, «deverão ter resposta às respectivas necessidades, no ensino secundário, de uma forma diferenciada (na Escola Básica e Secundária do Estreito de Câmara de Lobos e no Funchal), nomeadamente, na Escola Básica e Secundária de Câmara de Lobos, com a retirada de parte significativa dos seus alunos do básico (para a Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclos do Jardim da Serra) e no Funchal (Quinta Grande e Curral das Freiras) por razões de facilidade de transportes».
Ainda a este propósito, o director regional de Planeamento e Recursos Educativos diz ainda
que a procura pelas Escolas do Funchal será uma realidade para outra franja de moradores do concelho, fazendo reduzir a necessidade local».
Autarquia valoriza este investimento para o concelho
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos congratula-se com o novo empreendimento que irá nascer naquele concelho. De acordo com Arlindo Gomes, trata-se de uma infra-estrutura que o Governo Regional vai construir que «é de fulcral importância para o desenvolvimento e sustentabilidade» daquela localidade.
Arlindo Gomes considera que é ainda mais importante se atendermos a que Câmara de Lobos é um concelho cuja população jovem é predominante. Neste momento, tal como afirmou, «cerca de 50% da população está em idade escolar, o que revela que há aqui uma faixa etária de jovens considerável».
Por outro lado, realça ainda o autarca, continua a haver uma percentagem de jovens que sentem algumas dificuldades em enveredar pelo ensino superior e, por isso mesmo, «há que preparar esses jovens para entrarem na vida activa e, se possível, com uma actividade, com uma profissão, e que, no fundo, possam potenciar as suas capacidades, pelo que esta escola técnico e profissional é aquela que vai mais de encontro desta necessidade».
Câmara de Lobos, de acordo com Arlindo Gomes, tem várias centenas de jovens que frequentam o ensino superior e secundário. Só este ano, tal como afirmou, foram registadas «mais de 250 candidaturas à bolsa para o ensino superior e largas centenas do ensino secundário».
Uma das leituras que Arlindo Gomes faz destes números é, precisamente, a de que «a política de juventude que a câmara tem vindo a tentar lançar no terreno, hoje, começa a dar os seus frutos, sobretudo quando se constata que uma grande parte destes jovens que chegam ao ensino secundário e o ensino superior, são jovens oriundos de famílias humildes. Penso que as pessoas, hoje, têm força de vontade e querem, realmente, dar um salto para o futuro».
Além disso, estes dados, tal como afirmou Arlindo Gomes, representam um indicador importante do quanto importante se continuar a investir na nossa juventude e na sua educação, na sua formação para que eles possam também dar o seu contributo para o desenvolvimento sustentado que se pretende para o futuro. Pois, ao contrário do que acontecia até há algum tempo, em que era difícil ver a juventude de Câmara de Lobos a frequentar o ensino superior, ou mesmo o ensino secundário, em que havia uma forte taxa de abandono escolar, actualmente, temos uma realidade diferente, porque temos um abandono escolar controlado que nada tem a ver com aquilo que se verificava anteriormente».
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos releva a importância deste empreendimento para um concelho que, tal como afirmou, tem cerca de 50% do total da sua população em idade escolar. Arlindo Gomes realça ainda os passos que têm sido dados em termos de políticas de juventude e os seus resultados práticos, com dados objectivos.
Escola receberá perto de 900 alunos
O director regional de Planeamento e Recursos Educativos diz que, feitas as contas, o novo estabelecimento de ensino irá ter capacidade para, aproximadamente, 900 alunos, entre estudantes que optem pelo ensino secundário e os que optarem pelos cursos de educação e formação de níveis I, II e III.
Nuno Araújo refere ainda que «a componente profissionalizante da escola deverá estar orientada prioritariamente para cursos profissionais de nível II, com formação equiparada ao 9.º ano, mesmo que se preveja serem seus frequentadores privilegiados, os jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos. Porque a resposta prioritária necessária no curto e médio prazo será acolher, em formação, alunos com aquelas idades que não completam o 3.º Ciclo, tendo apenas, no máximo, o 2.º ciclo concluído». Tal como afirmou, «os cursos a ministrar serão complementares aos oferecidos na Escola Secundária e Tecnológica de São Martinho e no Centro de Formação Profissional, pressupondo-se ser normal uma deslocação entre Câmara de Lobos - Funchal - Câmara de Lobos para jovens destas idades, assegurando que não há duplicações — nem concorrência numa zona tão próxima — de ofertas profissionalizantes. O trabalho de coordenação de oferta entre estes três centros de formação é determinante e fundamental para a maximização dos recursos e alargamento da oferta».
Fonte: JM
















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