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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

DIRIGENTE DO SINDICATO DE HOTELARIA ABANDONA EM ABRIL A VIDA SINDICAL


Em Abril próximo, fecha-se um ciclo de mais de 25 anos de vida sindical para o ainda dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Luís Fernão. Ao DIÁRIO explicou que não sai por uma razão particular, mas porque está na hora de dar "sangue novo" ao movimento sindical na Região.

"A intenção é renovar, trazer sangue novo ao sindicato e vou defender essa juventude", apontou, referindo que esta ideia se intensificou com o facto de já estar reformado. Contudo, Luís Fernão fala com orgulho das lutas travadas ao longo dos muitos anos que estão para trás, recordando, com maior vivacidade, o episódio partilhado com os cerca de 230 trabalhadores do já extinto Hotel Atlantis. "É um exemplo na minha vida, um exemplo de luta", frisou, orgulhando-se de nunca ter deixado um trabalhador "ser enganado".

Da vida sindical, aponta que "há prós e contras", "dias melhores e dias piores". Em relação ao futuro, tem em mente passar os mais de 25 anos de causas, lutas, vitórias e derrotas para o papel. "Vou aproveitar para ler o meu passado e tenciono fazer um livro", confessou, reforçando, com humildade, que não se considera superior a ninguém, mas apenas detentor de alguns episódios de vida susceptíveis de interesse, já que, tudo o que fez, foi "benéfico para os trabalhadores".

Luís Fernão sabe que o futuro se adivinha difícil para todos e que, quem vier a seguir para a direcção, passará por uma série de dificuldades. "Eu sei que saio numa altura difícil, com despedimentos, falências e perseguições, mas sai a velhice para entrarem os novos", disse, garantindo que o movimento sindical "não pára" com a retirada do dirigente e que ainda tem "dois meses pela frente para ensinar quem não sabe".

O dirigente lamentou ainda o mau momento que atravessa a juventude, com ondas de desemprego e sem saída. "Em Portugal, trabalhamos mais e recebemos menos", frisou, acrescentando que se vive num "terceiro mundo" onde reina o "vale tudo".
Fonte: DN

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