Em fevereiro de 2014 Humberto Aveiro abriu a Erty Segura e Registra, uma empresa especializada em sistemas de segurança, faturação, comunicações e informática, contando com os apoios ao empreendedor que o IEM concede.
Desde então esta empresa não parou de crescer, contando com cada vez mais clientes satisfeitos.
Que serviços é que a ERTY presta?
A ERTY divide-se em 2 áreas de negócio distintas: a área da segurança, que inclui a videovigilância, os sistemas de intrusão, de incêndio, alarmes, e a área da faturação. Comercializamos os equipamentos, fazemos a sua instalação, damos a formação necessária e prestamos assistência na resolução de problemas ou de adaptações necessárias aos sistemas.
Temos excelentes produtos na área da segurança, mas distinguimo-nos sobretudo no ramo do apoio à faturação, pois fornecemos um serviços de qualidade e a nossa dedicação e eficácia tem vindo a ser conhecida no meio. Temos um dos melhores programas de faturação e damos um excelente apoio técnico. Posso dizer que mais de 70% dos problemas de faturação dos nossos clientes são resolvidos em menos de 10 minutos com uma ferramenta de acesso à distância ao sistema do cliente. A partir do momento em que o cliente me telefona, eu resolvo ou encaminho para um dos meus 2 colegas, para desbloquear a situação o mais rapidamente possível. Qualquer pessoa compreende que a rapidez e eficácia é fundamental para o negócio. Se demoramos o nosso cliente fica empatado, não pode realizar vendas, e vai ter os seus clientes insatisfeitos.
O que o levou a avançar com este projeto?
Eu trabalhei alguns anos numa empresa que prestava serviços de informática e segurança, onde eu fui evoluindo ao ponto de já fazer muito de tudo no negócio. Ganhei muita experiência nesta área e sempre pensei que poderia facilmente montar o meu próprio negócio. Quando fiquei desempregado esta era a opção lógica. Mas demorei uns anos até avançar realmente com este projeto. Acabei por precisar do incentivo de um amigo que é contabilista que precisava de ajudar os seus clientes com assuntos de faturação.
Agarrei logo a oportunidade e rapidamente percebi que esta poderia ser uma excelente área de negócio, se eu conseguisse dar uma boa resposta.
Quais foram as suas principais dificuldades e quais são as perspectivas futuras?
A área da faturação era nova para mim, e tive de aprender muita coisa sozinho, estudar muito sobre o assunto, sem grandes ajudas. Para mim seria impensável chegar ao cliente e não saber do que estou a falar, não conhecer as suas necessidades e as melhores soluções. Tive de trabalhar muitas horas e tive de batalhar muito para ter os clientes que hoje tenho. Para além desse esforço e de uma grande dedicação pessoal contínua, não posso dizer que tenha tido dificuldades especiais.
Isto está a correr bem porque eu não sou apenas um técnico de informática, dou muito valor à área comercial, à angariação de clientes e a todos os aspectos do negócio. Neste momento já preciso de um apoio extra nas tarefas administrativas que me estão a ocupar demasiado tempo e já me obrigam a fazer novamente muitas horas extras. Não quero deixar de ir para a rua, que é o que eu gosto.
Penso que para que as coisas funcionem temos de gerir bem os momentos e de escolher muito bem a nossa equipa.
Como só compro os equipamentos que o cliente necessita, não tenho de me preocupar com a gestão do stock nem tenho de ter armazém. Entretanto cheguei à conclusão que não preciso de ter um espaço comercial pois presto os meus serviços diretamente no cliente, logo, os meus custos de funcionamento são reduzidos face a outras áreas.
Neste momento a ERTY é rentável, conseguiríamos manter-nos neste nível de atividade. Mas como já ganhamos a confiança e as recomendações dos nossos clientes, continuamos sempre a crescer.
Nos próximos anos as exigências legais sobre a faturação não vão diminuir, bem pelo contrário. Penso que os comerciantes irão sempre necessitar de ajuda para se adaptarem às evoluções nesta área, quer para a sua gestão quer pelas novas exigências do governo. Na área da segurança também sabemos que cada vez mais as empresas irão necessitar de sistemas vigilância, anti-intrusão etc.
Assim, estou certo que terei de contratar mais um técnico todos os anos, para conseguir manter o nível de qualidade dos nossos serviços e para garantir que consigo manter a minha vida pessoal equilibrada.
O apoio o IEM foi importante para si?
Sim claro, foi muito importante pois ajudou-me em todo o investimento que tive de fazer para começar e a contratar oBruno Gouveia, que está comigo desde setembro de 2014. Pude comprar um carro adequado em vez de ir angariar clientes com o meu carro velho. Eu teria avançado à mesma, mas sem este apoio as coisas não teriam corrido tão bem nem teria conseguindo expandir-me tão rapidamente. O processo inicial para mim foi fácil. Como já referi, pude contar com o apoio de um amigo contabilista com experiência nestes processos. Entretanto candidatei-me a outro apoio para contratar o meu mais recente colaborador.
Que conselho deixa aos desempregados que tenham uma deia de negócio?
Se as pessoas acreditam nas suas capacidades que apostem, mas que não o façam por verem os outros a fazê-lo.
Na minha atividade já vi de tudo, bons e maus negócios. Há negócios que se vê claramente que não trazem nada de novo face ao que já existe.
O que eu aconselho é que procurem sempre ter algo de inovador ou se possível que apostem em algo que as pessoas não podem deixar de ter. A minha atividade, por exemplo, resulta em grande parte de uma obrigação imposta pelas finanças. Embora a segurança e a faturação sejam serviços necessários a todos os comerciantes e nem sejam áreas muito afetadas pela crise, o que foi decisivo para o meu sucesso foi ter surgido a obrigação legal de adesão ao e-fatura.
- Saiba mais sobre o PEED - Programa de Estímulo ao Empreendedorismo de Desempregados
Newsemprego n.º16
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