facebookrss feedemail Onde estamos Youtube

Conheça a rede de Polos de Emprego clicando AQUI

terça-feira, 11 de outubro de 2016

CRIAM-SE LAÇOS E GERA-SE ESPERANÇA


Três utentes dos Polos de Emprego deram o seu testemunho ao JM, valorizando serem recebidos pelo nome próprio e a orientação na procura de emprego.

Os polos de emprego vivem para apoiar os utentes e, neste sentido, quisemos ouvir alguns desempregados inscritos nos polos sobre o papel que estes organismos têm tido na sua vida e na procura de emprego. Opiniões comuns dos três depoimentos que recolhemos foram sobre a importância do acompanhamento personalizado que aumenta a motivação para a procura ativa de emprego, e a valorização pessoal dado o atendimento pelo nome. No polo de emprego da IHM no Bairro da Nazaré, falamos com Sofia Rodrigues, de 30 anos, com dois filhos. E está desempregada desde 2012. Com o 12ºano de escolaridade, a utente diz que, apesar de não ter ainda emprego, tem estado ativa na procura e nas iniciativas promovidas pelo polo da IHM. Da experiência, Sofia Rodrigues destaca o acompanhamento personalizado e a preocupação dos serviços. Quanto a propostas de trabalho, a utente - que já trabalhou na promoção de vendas, em lojas, no turismo e na hotelaria - recebeu algumas ofertas e foi a entrevistas. Contudo, como tem duas crianças menores, não pôde aceitar devido aos horários pretendidos pelas empresas. De qualquer modo, já foi contratada para um emprego temporário, que terminou em julho último. Entretanto, vai frequentemente ao polo de emprego da IHM. «Tudo o que há de novidade, sou contactada e além de ser algo profissional, já criamos laços. Sempre conversamos», disse, considerando que uma das mais-valias dos polos tem a ver com a relação de proximidade que é criada entre a responsável pelo organismo e os utentes. «Já conhece o meu caso, não tenho de estar sempre a me repetir como acontecia no Instituto, em que cada dia era atendida por uma pessoa diferente». Sofia Rodrigues deixa o seu exemplo: «venho cá praticamente de duas em duas semanas. É necessário que as pessoas também procurem, porque os profissionais estão cá para ajudar. Não podem só ficar à espera que os erviço lhes ligue a informar que há uma ou outra proposta, enquanto esperam em casa». 

«GANHAR O EUROMILHÕES»

António Pascoal, de 56 anos divorciado e pai de dois filhos, esteve desempregado durante seis anos. O morador do Bairro da Nazaré, que passou a vida a trabalhar na construção civil, conseguiu emprego através do polo de emprego da IHM, no âmbito do Programa de Ocupação Temporária de Desempregados. Faz parte da equipa que foi criada pela IHM para as limpezas e manutenção dos bairros. Mas antes disso, e depois de ter entregue o currículo em várias empresas, nunca foi chamado. «Penso que era devido à minha idade». Ao JM, confessa que se sentia desesperado. Entretanto, tomou conhecimento do polo de emprego na Nazaré, inscreveu-se e começou a ser acompanhado por Mara Rodrigues. Um dia, foi chamado porque tinha sido integrado no POT. «Fiquei super contente, foi como se me tivesse saído o Euromilhões». O salário que recebe não é nenhuma fortuna, mas para quem não recebia nada, é tudo. Com uma mãe acamada à sua responsabilidade, sentia que a sua vida estava cada vez mais difícil. Hoje em dia, «tenho uma ocupação, e sem ela, estava a dar em louco». António Pascoal recorda-se que, quando ficou desempregado, aos 50 anos, sentiu que, devido à idade, «nunca mais iria conseguir trabalho, porque parecia que só os novos tinham direito a trabalhar, mas por exemplo no estrangeiro, as empresas contratam pessoas mais velhas, porque sabem que elas têm mais experiência. Aqui é ao contrário. Chegamos a uma idade e já não somos nada». Sobre o que faz atualmente, diz que se sente útil. «Tenho bons colegas de trabalho, muitos que também estavam na mesma situação que eu. Não é muito o que ganhamos, mas é alguma coisa e temos uma ocupação». 
Rubina Gomes tem 35 anos, dois filhos, é casada e tem licenciatura em Gestão de Empresas. Estava desempregada desde 2012, quando, graças ao facto de estar inscrita no polo de emprego do Campanário, aderiu ao POT do IEM. Trabalha desde agosto na Casa do Povo do Campanário, em trabalho administrativo. «Não estava à espera de ficar no desemprego. O último trabalho que teve foi pago a recibos verdes. Já desempregada, engravidou do segundo filho. Mais tarde, como queria e precisava de estar reintegrada no mercado laboral, teve conhecimento do polo de emprego do Campanário e inscreveu-se. Foi uma boa decisão. Quando acabar o POT, vai continuar a enviar currículos, «fazer candidaturas espontâneas, ir pessoalmente às empresas». Rubina Gomes aconselha às pessoas desempregadas da zona a se inscreverem no polo de emprego. «Neste momento, algumas pessoas sentem que é obrigatório vir cá se inscrever, porque estão a receber subsídio de emprego ou Rendimento Social. E outras vêm porque, tal como eu, querem que o polo as ajude a procurar e encontrar trabalho, ter conhecimento de todos os programas que existem no IEM». A seu ver, a procura de emprego e valorização das competências e da formação são maneiras do desempregado estar ocupado. «O papel do desempregado é procurar trabalho. É o que eu faço mais constantemente».

JM

0 comentários:

Enviar um comentário

Follow us
Follow us
Follow us