A Movi Go é uma jovem empresa madeirense que oferece um serviço de transporte de passageiros, incluindo crianças, e de todo o tipo de bens.
Em funcionamento desde abril de 2016, com o apoio do IEM, a
Movi Go é a alternativa ao desemprego que ameaçava ser uma
constante na carreira de Duarte Dinis, um jovem madeirense
licenciado em serviço social.
Este empreendedor destaca: “Empresas, famílias e grupos de amigos
precisam muitas vezes de uma solução para um transporte específico,
seja para levar as crianças à escola ou às atividades porque os horários
não são compatíveis ou porque ficaram temporariamente sem carro, para
irem juntos fazer uma levada na serra ou ir a um jantar/evento/arraial sem
preocupações, para fazer o transporte de bicicletas até um percurso de
montanha...
Como surgiu esta ideia?
Quando estudei em Lisboa via constantemente carrinhas
a levar as crianças para escola de manhã. Era um serviço
muito utilizado no meu bairro. Também era muito comum
ver as carrinhas das compras do supermercado a fazer
entregas.
Eu sempre gostei de carros e sabia que não existem estes
serviços por cá, embora sejam cada vez mais necessários,
com as famílias a passar mais tempo no trabalho e os
idosos mais isolados. Por exemplo, sabia que por cá há
muitas pessoas que são obrigadas a ir às compras de táxi
por falta de alternativa.
Na madeira há também um bom mercado nos transportes
de grupos relacionados com o turismo e eventos, de transfers
entre aeroporto-hotel-levadas, etc.
Como licenciado na área social está satisfeito com este novo rumo profissional?
Sim, sem dúvida. Comecei com este projeto porque tinha
de me desenrascar. Hoje não me imagino a abandonar o
meu projeto por algo noutra área, por mais empolgante
que possa ser. A motivação que retiro de gerir o meu
próprio negócio é enorme e há muito investimento financeiro
e pessoal neste projeto. Vejo que será o meu futuro.
Como têm corrido estes primeiros meses? Quais são as suas maiores
dificuldades e qual é a estratégia para o futuro?
Desde que comecei tenho vindo a criar uma boa carteira de clientes, que
recorrem várias vezes aos meus serviços. Para garantir a fidelização dos
meus clientes eu tenho de ser muito cuidadoso, com o atendimento, o
conforto e a segurança, mas sobretudo com a pontualidade. O serviço turístico
não tolera nenhum atraso. Quando o cliente chega quer ver a carrinha
à espera deles, e o motorista sorridente. Prefiro perder algum serviço do
que arriscar uma sobreposição. Com o tempo, confirmo que uma boa reputação
é a melhor aposta.
A maior dificuldade é sem dúvida gerir o tempo. Não só pela pontualidade
mas também porque há tanto a fazer. Entre realizar os serviços de transportes,
atender clientes, elaborar orçamentos, tratar de burocracias diversas,
faço ainda um grande esforço para divulgar os meus serviços, ir ao encontro
de empresas e clientes e promover o crescimento da Movi Go. Destaco que
isto só tem sido possível graças à enorme ajuda da minha namorada, Catarina
Nóbrega, que tem sido fundamental na área logística e administrativa.
Sem ela não sei como faria.
Quanto ao futuro… Neste momento, quero consolidar o meu lugar no
mercado de transporte de passageiros e expandir os meus serviços complementares.
As coisas estão a correr bem e já comprei mais uma carrinha
de 9 lugares. Estou a aguardar a aprovação do IEM para iniciar o programa
PROJOVEM, que será o primeiro passo para a contratação de um novo
colaborador. Quero ainda aprofundar o transporte e distribuição/entregas
de bens e o serviço de estafeta para empresas e particulares, a que ainda
não me pude dedicar suficientemente.
Outra parte da estratégia de crescimento será desenvolver o site da Movi
Go, permitindo fazer reservas dos meus serviços e estabelecer parcerias
com outros agentes do turismo na Região.
O apoio do IEM foi importante para avançar com este projeto?
Sim, mas eu teria avançado de qualquer maneira. Teria de recorrer mais ao
empréstimo bancário, se possível, em vez de beneficiar deste apoio que não
tenho de reembolsar.
Deixa algum conselho aos desempregados com uma ideia de negócio?
Quem tiver uma ideia tem de lutar pelas coisas, sem medos. Antes de avançar, é preciso avaliar se a ideia é rentável e
procurar os apoios que existem, como os do IEM. É fundamental procurar o aconselhamento certo no início e ao longo
do projeto. Eu informei-me muito bem sobre todos os passos e burocracias.
E todos têm de ter a noção de que é preciso trabalhar muito para ter algo nosso.
Saiba mais sobre o Programa de Estímuloao Empreendedorismo de Desempregados
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