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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

577 LICENCIADOS NO DESEMPREGO

O ano 2007 terminou com mais 88 licenciados no desemprego, relativamente a 2006. A 31 de Dezembro estavam inscritas no Instituto Regional de Emprego (IRE) 8.773 pessoas, 577 licenciadas. Mais 161 do que há dois anos. Muitos são jovens que concluíram recentemente os cursos universitários prontos para integrar a vida activa. Mas nem sempre um diploma e a vontade são suficientes. Após algum tempo de recusas e até de falta de respostas, quase todos acabam por recorrer ao Instituto Regional de Emprego. As maiores dificuldades no acesso ao mercado de trabalho são, sobretudo, nas áreas onde a oferta de candidatos é já excessiva ou em especializações pouco exploradas na Região. Cristiano Sousa tem 22 anos e uma licenciatura em 'Design Industrial'. Natural do Caniçal, este jovem terminou o curso em Julho de 2007. A experiência profissional na área ficou-se pelo estágio curricular de dois meses. Desde então, tem estado atento ao que surge nos anúncios de oferta de emprego, primeiro no continente, e agora na Madeira. Acabou por inscrever-se no IRE há cerca de um mês, integrando a lista de 849 pessoas à procura do primeiro emprego. Cristiano Sousa está consciente de que será "complicado" encontrar algo em desenho gráfico, pelo que, para já, abre o leque de possibilidades a outras áreas, que possam de alguma forma estar relacionadas com aquilo que estudou. Ainda assim, não exclui outras alternativas menos aliciantes. "É difícil encontrar trabalho nesta área. Em último caso, vou procurar nem que seja na construção. Pelo menos dá para o meu sustento." Mas também este sector já 'viveu' melhores dias. No final do ano passado, a construção liderava no número de desempregados, com 1.854 trabalhadores inscritos, mais 72 com que terminou 2006. Só ao longo de Dezembro do ano passado, deram entrada 111 novos registos. Manuel Ornelas, de 53 anos, começou o seu percurso profissional em 1968, na altura como servente de pedreiro. Durante estes 40 anos esteve sempre ligado à construção civil, embora sem sempre com trabalho. Tal como outros trabalhadores foi acompanhando os altos e baixos do sector. O último emprego durou 22 meses. Com a 4.ª classe, o pedreiro, residente em Machico, está inscrito no Centro de Emprego desde Outubro do ano passado. Manuel Ornelas e Ana Berta Vidinha, de 44 anos, estão entre os 2.784 trabalhadores que possuem apenas o 1.º ciclo do ensino básico, que representam de resto o grupo com um maior número desempregados, atendendo ao nível de instrução. Ana Berta Vidinha começou por tentar a sorte em Jersey, como emigrante sazonal, onde integrou o sector da limpeza, em 1986. Cansada de estar longe de casa, decidiu voltar à Madeira, mas as oportunidades de emprego tornaram-se mais escassas. O último trabalho para uma empresa de limpeza durou um ano. Está há dois anos e nove meses no desemprego, já sem direito a subsídio. O sector dos serviços é de resto o mais afectado pelo desemprego. Embora a construção lidere o número de inscrições, as restantes actividades do sector, partilhado também pela indústria e pela energia e água, apresentavam valores baixos. Na totalidade, existiam no final de Dezembro de 2007, 2.396 inscrições no sector secundário. Já os serviços contribuíam com quase o dobro: 5.208 desempregados, sobretudo nos hotéis e restaurantes (1.489) e no comércio por grosso e a retalho (1.402). O sector primário (agricultura, pecuária, caça, silvicultura e pescas), ficava-se por 320 inscrições. Se o maior número de desempregados está no grupo dos trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio ( 1.539), nas profissões ligadas aos quadros superiores de administração pública as inscrições são muito poucas. Apenas duas. O mesmo se passa com os directores e gestores de pequenas empresas. Em Dezembro de 2007, apenas treze estavam sem trabalho. Ainda entre aqueles com maiores habilitações, são os especialistas em profissões intelectuais e científicas não ligados às áreas das ciências da vida, da saúde, das ciências físicas, matemáticas e engenharias os que mais sentem a falta de trabalho, com 256 inscrições no IRE. Já no grupo de especialistas das ciências físicas, matemáticas e engenharias existiam 79 inscritos no IRE, enquanto os especialistas das ciências da vida e profissionais de saúde contavam com 72 desempregados. A 31 de Dezembro de 2007, estavam também desempregados 50 docentes dos ensinos secundário e superior e outras pessoas com profissões similares, assim como 198 técnicos e professores de nível intermédio. De acordo com os últimos dados estatísticos do IRE, o ano terminou com mais homens do que mulheres no desemprego: 4.505, respectivamente. A maior parte dos desempregados (5.856) estava nessa situação há menos de um ano, enquanto que entre as 8.773 pessoas inscritas no IRE, 1.584 eram jovens. Ao longo do mês de Dezembro, foram efectuadas 737 novas inscrições, comunicadas ao Centro de Emprego 285 ofertas pelas entidades empregadores e colocados 122 trabalhadores.
Fonte: DN

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