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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

EMPRESAS VÃO TER MAIS 15 MILHÕES PARA INVESTIR


Decorreu ontem no CEMA - Centro de Conferências e Exposições da Madeira, o 2.º Seminário de Marketing e Soluções Empresariais, promovido pela empresa Dupladp.
O evento contou com a presença de cerca de 400 inscritos interessados em assistir aos três painéis que componham este 2.º Seminário: um sobre Marketing, outro sobre Design e o terceiro sobre Comunicação.
Na sessão de abertura, presidida pelo vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva, o director geral da Dupladp, Humberto Drumond, começou por referir que o Seminário de Marketing e Soluções Empresariais “é um investimento de divulgação em nome de conhecimento, de formação e acima de tudo de credibilidade na sociedade onde estamos inseridos”.
Após destacar a boa adesão a este Seminário, o que, disse, “é sinal de credibilidade”, Humberto Drumond lembrou que a Dupladp desenvolve a sua actividade há sete anos “num mercado agressivo”, no qual a sua “posição passa por ser uma entidade para uma sociedade mais credível e informada”.
“Este seminário é efectivamente o momento de comunicação desta nossa estratégia” realçou, lembrando as “palavras amáveis” do vice-presidente do Governo Regional no primeiro ano de realização deste evento, “quando disse que eramos um exemplo para o mercado madeirense”, o que, disse, “foi uma motivação para a realização do 2.º Seminário, assim como o reconhecimento do público, clientes e parceiros”.

Falta de solidariedade do Estado

Falando na sessão de abertura, o vice-presidente do Governo Regional começou por referir-se à crise financeira que se vive actualmente no Mundo, salientando que este momento surge “exactamente” quando a Região “tinha vencido o desafio do desenvolvimento”.
Assim, João Cunha e Silva destacou as dificuldades que estão a ser criadas à Região, nomeadamente com o facto dos fundos comunitários terem “passado para metade” e com a “falta da solidariedade do Estado”. Neste âmbito, realçou que a verba transferida do Orçamento do Estado para a Região “não dá para pagar as despesas que gastamos na Educação e na Saúde”.
Apontou ainda a exiguidade do mercado madeirense como uma dificuldade para o desenvolvimento dos negócios das empresas regionais, pelo que aponta a saída da Região como uma solução para essas empresas crescerem, “internacionalizando a nossa economia e as nossas empresas”.
Deste modo, o vice-presidente do Governo Regional salientou que a crise financeira internacional, com origem nos EUA, “não ajuda”, para além de que a Europa “preocupada mais com a inflação e com uma política de altas taxas de juro, também não ajuda as regiões como a nossa, cujo problema principal não é a inflação mas o incentivo ao investimento”.
Sublinhou que, “apesar das dificuldades”, o Governo Regional “tem apresentado um conjunto de apoios, em número significativo, para ajudar as empresas neste momento particularmente difícil”. Assim, apontou os sistemas de incentivos regionais como o SIRE, o Empreendinov, o Fundo Capital de Risco e o Fundo de Garantia Mútua.
Neste âmbito, João Cunha e Silva anunciou que o Governo Regional, para além de contar apresentar na Assembleia Legislativa Regional um diploma que visa beneficiar os lucros reinvestidos pelas empresas, “vai apresentar uma linha de crédito bonificada de 15 milhões de euros destinada às empresas madeirenses, para todos os sectores, excluindo o primário, para investimento e também para fundo de maneio, com um limite de 500 mil euros por projecto e com 100 pontos/base de bonificação”. A nova linha de crédito, adiantou, será disponibilizada às empresas no prazo de um mês, pois “foi essa a orientação que dei”, referiu.
Destacando que os “tempos são difíceis”, o vice-presidente do Governo Regional sublinhou que a resposta a esta situação deve ser “muito empreendedorismo, muita imaginação e muita criatividade, ao mesmo tempo que deve haver bom senso, determinação, coragem e confiança”.
Referiu que, perante este panorama, sector público e sector privado têm de “remar para o mesmo lado”, destacando que “se assim acontecer vamos chegar a bom porto, apesar da tempestade”.
João Cunha e Silva concluiu a sua intervenção dando os parabéns à Dupladp, que disse ser “uma empresa dinâmica e criativa, que apesar da situação, continua a caminhar com optimismo e confiança para a frente”, acrescentando ainda que o tecido empresarial da Região “precisa de empresas como esta”.

O vice-presidente do Governo Regional questionado ontem pela comunicação social sobre o porque da gasolina na Região não descer ainda mais de preço, para ficar ao nível do preço praticado nos Açores, disse que a gasolina na Região já é mais barata do que no Continente, realçando que gostaria que a gasolina“fosse ainda mais barata”, mas que tal não é possível devido às dificuldades financeiras da Região. Neste âmbito, João Cunha e Silva lembrou que nos Açores os “fundos da União Europeia não passaram para metade” e que aquela Região “conta com a solidariedade do Estado”, ao contrário da Madeira, o que possibilita “poderam adoptar o sistema de subsidiar” os combustíveis. “Eu como responsável pela área da Economia gostava que a gasolina e tudo o que seja energia fosse mais barato, mas uma coisa é quem tutela a Economia querer e outra coisa é quem tutela as Finanças deixar ou poder deixar”.

Sobre uma nova redução do IRC no próximo Orçamento Regional, o vice-presidente do Governo Regional realçou ser essa uma área da responsabilidade do secretário regional do Plano e Finanças. Todavia, destacou que como responsável pela pasta da Economia esforça-se por dizer ao secretário regional das Finanças “que todos os orçamentos, e este sobretudo, tem de ter em conta a questão da situação económica”, lembrando no entanto que o secretário que tem a tutela das Finanças “é responsável por uma Região com grande carências financeiras”, pelo que “às vezes não pode ajudar”. “É dentro destes parâmetros e dentro destas dificuldades que vamos ter de lidar com a crise”, adiantou.
Fonte: JM

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