GREVE NA TAP PODE AFECTAR MADEIRA

As negociações entre a administração da TAP e os sindicatos de pessoal de voo e da manutenção dos aviões falharam, estando quase certas as greves marcadas para 19, 20, 23 e 27 de Dezembro, que deverão afectar os voos nesses dias, inclusive os que se realizarão de e para os aeroportos da Madeira e do Porto Santo.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) já apresentou um pré-aviso de greve para os dias 20 e 27, enquanto o Sindicatos dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) apresentou um pré-aviso de greve para os dias 19 e 23. Se no primeiro caso foram asseguradas todas as ligações entre as regiões autónomas e o continente, no segundo caso ainda não se pronunciaram sobre a possibilidade de excluir as ligações de e para a Região destes dias de paralisação.

As duas primeiras já nesta sexta-feira (quando muitos estudantes começam a regressar a casa) e sábado e as outras na antevéspera do Dia de Natal (que deverá registar nova afluência de passageiros) e no último sábado, antes do Fim-do-Ano.

A confirmação do falhanço das negociações foi dada ontem pelo presidente-executivo da TAP, salientando que os quatro dias de greve poderão gerar perdas de 20 milhões de euros ou cinco milhões por cada dia de paralisação.

"Não conseguimos uma aproximação com os sindicatos para fazer ajustes no Acordo Empresa", afirmou Fernando Pinto. "Não entendemos porque é que existem sindicatos a falar em greve. Continuamos em conversações e a respeitar os sindicatos. Nunca impusemos nada, o que fizemos foi uma proposta", afirmou e acrescentou: "O momento actual é o mais inoportuno possível para uma greve".

Uma situação que deverá agravar os prejuízos da empresa já contabilizadas para este ano de 170 milhões de euros. Ainda que provisórias, o presidente da TAP disse ontem que de Janeiro a Outubro deste ano, o prejuízo deve-se, em grande parte, ao aumento do preço dos combustíveis (gastos de mais 160 milhões do que o previsto), acreditando que "este ano está perdido" e não "tem mais recuperação".

Fonte: DN