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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

DESEMPREGO REGISTADO CRECE MAIS NA MADEIRA


O desemprego registado na Madeira continua em alta. No final do passado mês Janeiro estavam inscritos no centro de emprego 14.432 desempregados, mais 45,3% do que os registados no mesmo mês de 2009, número que coloca a Região a liderar as subidas nacionais e que em média foram de 25,1%.

Dados anunciados ontem pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que a Madeira, Algarve e Açores foram as regiões onde o número de desempregados inscritos nos centros de emprego mais subiu, relativamente a Janeiro de 2009. O Algarve tinha mais 43,7%, somando 28.331 desempregados inscritos. Nos Açores, o número de pessoas inscritas nos centros de emprego aumentou 38,2% para 6.750 desempregados. Mais suave é a subida regional face a Dezembro do ano passado. Na Madeira o aumento foi de 5,2%, subida que se verificou em todas as regiões do País, embora de forama mais acentuada no Alentejo (13,4%) e no Algarve (10,7%).

Ofertas disponíveis diminuem

Neste contexto desfavorável em termos de emprego, a Madeira também regista dados pouco animadores a um outro nível. Em termos de ofertas de emprego disponíveis há um decréscimo anual de 5,5% em claro contraste com a média nacional que aponta para um aumento anual de 30,3%.

A Madeira é melhor do que o resto do País em termos de colocações. Enquanto que a média nacional é de 8,3%, na Região houve um acréscimo de 12,9% entre Janeiro deste ano e o mesmo mês do ano passado, uma subida que foi de 118% em relação ao mês anterior, embora estejamos a falar apenas de 166 desempregados colocados em Janeiro, contra os 76 empregados em Dezembro.

Há um outro dado susceptível de parecer animador . Em Janeiro deste ano registaram-se na Madeira menos 10,6% de desempregados face ao mesmo mês de 2009. O problema é que os 1.625 inscritos só no primeiro mês deste ano equivalem a mais 73,8% se o termo de comparação for Dezembro de 2009. Ou seja, apesar de abrandamentos pontuais verificados no final do ano passado, o desemprego galopante voltou em força, tendência que é nacional.

2,6% são madeirenses

Segundo o IEFP, os desempregados na Madeira representam 2,6% do total nacional, ranking que em Janeiro último continua a ser liderado pelo Norte, a região do país que concentra o maior número de pessoas sem emprego (43%) e onde o desemprego continua também a crescer, com o número de inscritos nos centros a subir 23,9%.

Em Lisboa e Vale do Tejo, onde se localizam 29,3% do número de inscritos, existiam, no final de janeiro, 164.095 desempregados, mais 26,2% do que no mesmo mês de 2009).

A região onde o desemprego menos cresceu em termos homólogos foi o Alentejo.

INE revela taxa de 7,6% em 2009

A taxa de desemprego na Madeira atingiu os 7,6% em 2009, mais 1,6 pontos percentuais do que no ano anterior. Um valor que fica aquém dos 9,5% registados em todo o País, média nacional que é afectada pelos 11% verificados a Norte.

A taxa de desemprego registou um acréscimo anual em todas as regiões. O mais elevado, de 3,3 pontos percentuais, ocorreu no Algarve. Os números publicados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística revelam ainda que a Madeira registou o terceiro valor global mais baixo no País, sendo suplantada pelo Centro e pelos Açores.

BRAZÃO DE CASTRO: Governo aguarda "crescimento da economia"

O secretário regional dos Recursos Humanos volta a ler os números, quer os do IEFP, quer os do INE, da forma que mais lhe convém, ou seja, enfatizando as diminuições e relativizando as preocupantes subidas. Sobre os valores do desemprego registado, Brazão de Castro consegue escrever no comentário escrito que enviou às redacções que "a Madeira foi a região que registou um menor aumento". Isto porque decide comparar o aumento do número de inscritos de Emprego e Formação em Janeiro último com Dezembro do ano passado, exercício que não faz em termos homólogos mesmo que refira, em parágrafos distintos, que há um ano havia 9.932 inscritos, valor que no mês passado chegou aos 14.432, mais um recorde.

O governante foge às reflexões que os números deviam suscitar, sublinha apenas os dados positivos e reafirma "que tudo o que é possível fazer-se para combater o desemprego está a ser feito". E garante: "Após desejável crescimento da economia teremos os seus efeitos no emprego".

Já sobre a taxa de desemprego revelada ontem pelo INE, Brazão de Castro opta por destacar as diminuições pontuais e ignora que a mesma tenha subido de 6 para 7,6% entre 2008 e 2009.

Para o titular da pasta do trabalho e do emprego o que conta são os 7,5% do 4º trimestre de 2009. "Verifica-se assim uma redução deste indicador pelo segundo trimestre consecutivo, dado que no 2ºtrimestre a taxa estava situada nos 8,1%, tendo diminuído para 7,9% no 3ºtrimestre e agora para 7,5%", refere o governante, sinalizando as subidas noutras regiões do País. Não admira pois o desabafo: "É assim compreensível agrado que comento esta diminuição".


Fonte: DN

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