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sexta-feira, 19 de março de 2010

DESEMPREGO NA MADEIRA SUBIU 38,9% NUM ANO


O número total de desempregados na Região Autónoma da Madeira, controlados pelas autoridades governamentais no final do mês de Fevereiro, era de 14 984 pessoas, segundo dados revelados ontem pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Em relação ao mesmo período do ano anterior regista-se um aumento de cerca de 38,9%, já que em Fevereiro de 2009 estavam controlados 10 789 desempregados. Segundo o IEFP o Algarve registou a maior oscilação (39 por cento), seguido da Madeira (com mais 38,9 por cento de inscritos), enquanto, por exemplo nos Açores já se verifica uma tendência decrescente. Um comunicado ontem distribuído pelo gabinete do secretário regional dos Recursos Humanos que detém a tutela do sector, aponta que o actual número de inscritos na Região revela um aumento de 3,8% em relação a Janeiro deste ano. No que respeita à taxa de desemprego, a SRRH destaca que está estabelecida em 7,5%, enquanto a média nacional atinge os 10,1%, citando dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) e referentes ao 4º trimestre de 2009. Relembra ainda essa nota que "em termos homólogos, registaram-se aumentos em todas as regiões do País".

Entre os quase 15 mil desempregados registados na Região Autónoma, apenas 65,7% (9 847 inscritos) recebiam prestações de desemprego. À procura de primeiro emprego, um sector sobre o qual o controlo governamental não é exacto, em termos globais, já que poucos aderem a inscrever-se no IDE, estavam registados no final de Fevereiro 1 162 pessoas (7,8% do total), enquanto 876 (5,8%) estavam abrangidos pelo Rendimento Social de Inserção. Completamente desprotegidos, em termos de ajudas sociais, estavam 3 099 inscritos (20,7%) por não reunirem condições para tal, nomeadamente por terem ultrapassado o período legal em que devem beneficiar do subsídio de desemprego.

No mês de Fevereiro o Instituto de Emprego da Madeira (IDE) registou 234 novas ofertas de emprego, permanecendo disponíveis, no final desse mês, um total de 174 colocações, mais 19,2% do que no mês homólogo, e mais 26,1% do que em Janeiro deste ano. No total do mês em apreço, o IDE colocou 118 desempregados em postos de trabalho na Região Autónoma.

A nota do gabinete de Brazão de Castro assinala que a criação líquida de emprego vai depender do crescimento económico. A diminuição das taxas de desemprego só deverá começar a acontecer "após a desejada retoma", lê-se ainda nessa nota governamental.

O gabinete do secretário conclui que tudo o que é possível tem sido feito, nomeadamente "em termos de medidas activas de emprego e de apoio aos desempregados".

Da análise dos números divulgados ontem pelo IEFP conclui-se que a nível geral do País regista-se uma tendência de baixa nos números de inscritos nos centros de emprego, enquanto na Madeira continua a assistir-se a uma subida preocupante.

Recuperação lenta

O secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional acredita que a tendência para a "estagnação" do desemprego se vai "acentuar" e que é expectável uma "evolução lenta" na criação de emprego. O governante falava à Lusa, em Lisboa, a propósito dos números mais recentes de desempregados inscritos nos centros de emprego em todo o País que, segundo o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), aumentaram 0,2 por cento face a Janeiro e 19,6 por cento em relação a Fevereiro do ano passado.

Fonte: DN

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