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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

HÁ 6 ANOS QUE O DESEMPREGO NÃO ERA TÃO BAIXO


No mês de Julho deste ano, a Madeira foi a região de Portugal que apresentou o maior aumento percentual das ofertas de emprego (6,2 por cento) face ao mês homólogo de 2016. Uma evolução positiva que se traduziu na redução do número de desempregados inscritos no Instituto de Emprego da Madeira, que é agora de 17.342, o valor mais baixo dos últimos seis anos.

Para encontrar um número de desempregados mais baixo na Madeira será preciso recuar até Agosto de 2011, mês em que havia 17.231 pessoas à procura de emprego. O recorde de inscritos à procura de trabalho foi de 24.976 pessoas, um marco pouco honroso atingido em Fevereiro de 2013. Desde então houve várias oscilações, mas a partir de Fevereiro do ano passado, o número de pessoas à procura de emprego tem descido de forma contínua e gradual, acentuando-se esta tendência desde Março de 2017.

O valor do mês passado representa uma diminuição acumulada de 31 por cento face ao registo mais alto. Dito de outra forma, há hoje menos 7.634 pessoas inscritas no Instituto de Emprego da Madeira do que em Fevereiro de 2013. Numa comparação com Junho deste ano, constata-se que 339 das pessoas inscritas encontraram emprego durante o mês de Julho. Os actuais 17.342 inscritos constituem o valor mais baixo registado desde o final de Setembro de 2011. Desde então, nenhum mês de Julho tinha baixado dos 21.000 desempregados.

Os dados do Instituto de Emprego da Madeira e do Instituto do Emprego e Formação Profissional apontam para uma redução de 0,8 por cento no número de inscrições de desempregados face ao período homólogo, ao mesmo tempo que se verificava um crescimento de 2,8% no número de desempregados inseridos no mercado de trabalho e uma subida de 5,7% dos inseridos em programas de emprego, muitos deles assentes na criação líquida de postos de trabalho. Deste modo, 4.859 pessoas encontraram emprego ao longo dos sete primeiros meses de 2017, um acréscimo de 2,8% em relação ao mesmo período de 2016. O Instituto de Emprego realça que parte das colocações resultam da participação em medidas de emprego cujo objectivo imediato é o aumento de competências profissionais, bem como do impacto de sessões de informação e orientação profissional em que se procura fomentar a procura activa de emprego e a autonomia dos desempregados.

"A economia está a funcionar" e isso cria emprego

A secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rita Andrade, olha com satisfação para os indicadores de Julho, já que foi o seu último mês à frente do Instituto de Emprego da Madeira, antes de assumir o atual cargo. “Foi o fechar de um ciclo com muitos desafios mas que foi muito positivo e conseguimos fazer um bom trabalho”, refere a responsável que observa que foi na área dos serviços que houve mais colocações de profissionais, muitos deles direta ou indiretamente ligados ao turismo, hotelaria e restauração. Rita Andrade considera que a Madeira vive um bom momento “sobretudo porque a economia está a funcionar”. Por outro lado, o Instituto de Emprego está a atuar como “um facilitador entre a mão-de-obra, disponível e o mercado” e tem “ajudado com a mudança de alguns programas, revisto medidas anteriores e criado também muitas coisas novas”. A secretária reconhece que “o Verão ajuda” à criação de emprego e confessa-se intrigada com aquilo que vai acontecer a partir do Outono.”No fim do Verão, sobretudo no Porto Santo, há sempre um acréscimo muito grande, de centenas de pessoas, em resultado das atividades sazonais. Ainda assim estou um pouco curiosa para ver como corre este ano, porque há uma série de medidas para dinamizar a atividade económica no Porto Santo e transformá-lo num destino menos sazonal”, adiantou. Já numa perspetiva de médio prazo, a secretária da Inclusão e Assuntos Sociais está preocupada com os 17 mil desempregados que ainda pesam na estatística regional e que “ainda são muitos”. É um desafio para as entidades públicas pois para vencê-lo precisam da colaboração dos próprios desempregados e isso nem sempre está garantido. É que alguns têm pouca vontade de regressar ao mercado de trabalho: “ Mais de 50% têm poucas habilitações (não chegaram ao 9º ano de escolaridade),já têm mais idade (acima 35/40 anos), estão parados há muito e às vezes criam muitas dificuldades para se inserirem no mercado de trabalho.”

DN

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