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quarta-feira, 25 de junho de 2008

APOIO PERSONALIZADO DO CENTRO PORTA AMIGA FAZ A DIFERENÇA


O Centro Porta Amiga no Funchal presta, desde Novembro de 1997, um apoio social que visa satisfazer as necessidades básicas dos indivíduos e desenvolver a sua autonomia enquanto cidadãos. Na Região este centro apresenta inúmeras valências, entre as quais destacamos o Clube de Emprego que aposta num apoio personalizado à formação profissional e pessoal. “Atendo diariamente, entre jovens e idosos, cerca de 60 pessoas”, constata Helena Andrade, animadora do Clube de Emprego do Centro Porta Amiga. Criado no seguimento dos serviços de apoio social da Assistência Médica Internacional (AMI), o Centro, coordenado por Cristina Meneses, procura combater a pobreza e a exclusão social, criando os meios necessários à reinserção dos indivíduos. “Nem sempre é fácil levar a cabo esta actividade e não sei se será uma ajuda visível para a sociedade no geral, mas para quem nos procura e beneficia deste apoio tem uma importância fundamental no recuperar, por vezes, da vida a que estavam habituados”, confessa. De início mais direccionados para os sem abrigo, este projecto de acção social global, depressa evoluiu para o atendimento de outras situações. Isto porque, “ao longo destes anos a realidade social, também na Madeira, sofreu alterações e as carências das famílias são muitas mais”. Helena Andrade explica que o Centro Porta Amiga trabalha em colaboração com muitas entidades o que lhe permite uma percepção alargada da realidade que vivem estas famílias. “Procuramos o apoio de todas as entidades que possam ajudar, mas sem dúvida a resposta para muitos casos é um novo emprego”. Nos últimos meses, aponta a também delegada regional da AMI, “temos notado um acréscimo das pessoas que nos procuram. E ao nível das famílias notamos situações novas, em que um elemento do casal trabalha ou até mesmo os dois, mas, com filhos e outras despesas, não estão a conseguir lidar com os empréstimos que fizeram”. E ainda que o Centro Porta Amiga proporcione uma resposta às necessidades básicas, surgem “situações novas e desesperantes”. Na opinião desta responsável, podemos mesmo dizer que “surgem novos grupos de pessoas carenciadas. Pessoas que viviam num limite mínimo sustentável, com emprego, mas com salários baixos, e que actualmente não conseguem acompanhar a crise, nem os aumentos”. Talvez por isso, acrescenta, para algumas pessoas que procuram o Clube de Emprego é “o fim da linha”. Ao Clube de Emprego chegam todo o tipo de situações, mas o desemprego de longa duração, de pessoas com baixa escolaridade e com uma média de idade avançada, especialmente para o que o mercado de trabalho procura, encabeça a lista.

Aposta na formação profissional e pessoal é indispensável

São estas pessoas, com poucas habilitações, as primeiras a perder o emprego e a ficarem perdidas”, verifica. Adiantando, neste sentido, que é essencial que haja um acompanhamento pessoal na reavaliação da situação profissional, das capacidades e das soluções que existem a nível de informação. A taxa de analfabetismo dos utentes do Clube atinge cerca de 10 por cento e outros 50 por cento só têm o quarto ano de escolaridade”, daí as dificuldades em reintegrar estas pessoas, sem a existência de formação complementar. Por outro lado, revela, mesmo na população mais jovem assiste-se a problemas desta natureza. “Os jovens oriundos de famílias carenciadas e desestruturadas, onde o abandono escolar é altíssimo, terão futuramente muitas dificuldades em integrar a vida profissional activa. Outra das preocupações são alguns membros da comunidade imigrante da Região, que “passada a fase das grandes obras de construção públicas, encontram-se sem trabalho, confrontados com a perda do visto e, em situação ilegal, sem soluções financeiras e familiares”. Daí que o trabalho dos Clubes de Emprego, cujas pretensões são fornecer aos utentes estratégias e técnicas de procura de emprego, apoiar os utentes na inserção/reinserção no mercado de trabalho, divulgar oportunidades de emprego e informar sobre o mercado de trabalho, seja indispensável. E ainda que para os jovens já exista alguma aposta na formação, a animadora do Clube de Emprego apela a um reforço das acções de formação para os adultos. Dizendo que será, “sem dúvida, importante uma formação não só profissional, mas também pessoal. Porque o desemprego tem a ver com as competências e a falta delas origina um ciclo de reincidência no desemprego, com custos para a pessoa, mas também para o País”.

O desempenho da Assistência Médica Internacional

Desde a sua fundação, em Dezembro de 1984, pelo médico cirurgião urologista Fernando Nobre, que a AMI se assumiu como uma organização humanitária inovadora em Portugal, destinada a intervir rapidamente em situações de crise e emergência, tendo o Homem como centro de todas as suas preocupações. Os Centros Porta Amiga nasceram da vontade da AMI de realizar a sua primeira missão em Portugal. Com o seu âmbito mais alargado e para fazer face a todas as realidades que se foram apresentando, este projecto propõese a combater a pobreza e a exclusão social, criando meios necessários de reinserção de situações problema, que potencialmente conduzem à marginalização, e consequentemente à exclusão social.
Fonte: DIÁRIO DA CIDADE

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