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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ASSICOM GARANTE QUE SECTOR DE OBRAS PÚBLICAS "ESTÁ BEM"


O presidente da Associação dos Industriais e da Construção da Madeira (ASSICOM), Jaime Ramos, assegurou ontem que o sector "está bem" e que arrancará em Junho com um volume de obras públicas no valor de 800 milhões de euros.
"Está tudo a andar, pensamos que as obras públicas arrancarão em força em Junho/Julho e que absorverão mais cerca de 1.500 trabalhadores num conjunto de investimentos que ascenderão os 800 milhões de euros", avançou à agência Lusa. "Aqui na Madeira, as obras públicas são fundamentais para o desenvolvimento da Região mas são apelidadas de política do betão e do alcatrão. No continente, são consideradas de política económica e até o primeiro-ministro descobriu agora algo que a Região há muito havia descoberto, que elas são fundamentais para a economia", comentou o dirigente da ASSICOM.
Para Jaime Ramos, "não é por acaso que José Sócrates quer também a nível nacional copiar a Madeira" porque, afiança, "não há crescimento económico sem obras públicas".
Este dirigente lembra ser "elementar e dos compêndios" que, em cada obra pública, o sistema fiscal retome mais de 50 por cento do investimento feito designadamente em IVA, IRS, IRC e Segurança Social. "O Estado investe um milhão de euros mas acaba por recuperar meio milhão por via do sistema fiscal e fica com um activo de um milhão e, ao mesmo tempo, injecta massa monetária no mercado para manter a economia em circulação. Só mentes obtusas é que não enxergam isto", disse.
Jaime Ramos aponta como exemplo de competitividade e da saúde do sector o contrato colectivo de trabalho recentemente celebrado com o respectivo Sindicato. "A ASSICOM acertou aumentos salariais de 3 por cento e aumentos no subsídio de refeição também de 3 por cento". "Só o subsídio de refeição é de 7,21 euros por dia, os ordenados na construção civil na Madeira são 30 a 40 por cento superiores aos do continente e 50 por cento superiores aos Açores", precisou. "É o sector mais forte, mais competitivo, com a melhor tabela salarial e com mais capacidade financeira", sintetiza.
De acordo com Jaime Ramos, o sector emprega cerca de 20 a 30 mil pessoas mas já teve muito mais. Só que "cerca de dez mil eram estrangeiros e com o findar das grandes obras foram embora".
Apesar de reconhecer haver algumas empresas a fechar, o responsável realçou fazer parte "de uma selecção natural". "São casos pontuais, algumas de subempreiteiros sem dimensão e outras que não possuíam alvará", argumentou.
Ideia contrária tem Diamantino Alturas, presidente do Sindicato dos Operários da Construção Civil, que lembra que desde 2007 cerca de 15 empresas encerraram as portas. Este dirigente sindical sublinha também a importância das obras públicas e faz notar que, na habitação, "há cerca de 35 mil apartamentos para vender".
Não basta as obras públicas estarem adjudicadas no papel, "é preciso que haja dinheiro para começar e para acabar porque lançar é muito fácil", sublinhou.
Segundo Diamantino Alturas, o sector da construção gera 80 por cento da riqueza da Região, lembrando que "mexe com tudo, desde a extracção da areia à colocação de telha".
Fonte: JM

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